Tenho andado muito afastada deste cantinho onde gosto tanto de vir conversar um pouco. Peço desculpas, problemas de saúde mantiveram-me afastada.
Lembram-se de eu dizer que gostava muito do jardinzinho que tinha feito na varanda virada a Sul e da hortinha criada na varanda virada a Norte, mas que estava a ficar rapidamente sem espaço?
Um dos desejos que eu tinha era de poder colocar uma cadeira ao fim do dia e ficar ali a apanhar um pouco de ar fresco e a ler no meio das minhas flores. Seria também muito útil para a minha Mãe que cada vez sai menos de casa mas também precisa de ar e de sol (que não seja em demasia, é claro!)
Pois bem, a verdadeira fada do espaço que é a minha filha Sónia, do pouco fez muito e conseguiu que, mesmo adquirindo uma nova roseira para o jardinzinho e novas semeaduras para a horta, houvesse espaço para a tal cadeira na varanda da frente e para nos deslocarmos sem tropeçar nos coentros e na salsa na varanda de trás.
Entretanto, as plantas têm crescido bem e algumas estão mesmo uum encanto.
DICAS: se não quiser ficar rapidamente sem algumas ervas e temperos e depois ter de ficar à espera de que novas plantas voltem a crescer, deixe as que tem crescerem suficientemente para que os raminhos se tenham já bifurcado (às vezes trifurcado) 3 ou 4 vezes. Depois, quando for colher, corte sempre a parte de cima de cada raminho, sempre acima de um nó de bifurcação, deixando pelo menos dois a desenvolverem-se. A planta, assim, não vai morrer e vai continuar a crescer e a desenvolver-se através dos raminhos que deixou.
Quanto às plantas que dão fruto, os tomateiros, os morangueiros, os pimenteiros, etc, quando os frutos estiverem maduros vá colhendo. Se a planta ficar demasiado pesada, deixará de produzir mais, mesmo que ainda esteja na altura de o fazer.
Mas vamos ver como estão?
Varanda da frente/mini-jardim
Saída para a varanda/Entrada para o mini-jardim
Varanda detrás-Horta
A segunda foto a contar de cima é de beldroegas, uma erva considerada daninha que cresce espontâneamente em certos campos mas invade completamente as culturas adjacentes, daí ser tão mal amada. Pertence à familia das Portulacas que tem várias espécies, a maioria das quais não comestível. São plantas ornamentais com flores lindíssimas.
Estas que tenho na varanda e que, como já disse, são muitas vezes consideradas daninhas, são da espécie Portulaca oleracea, com folhas carnudas e são excelentes para a saúde. No meu adorado Alentejo existem em grande quantidade e há até uma receita de sopa típica, que leva beldroegas e queijo de cabra e que eu, alentejana renegada nisto, detesto mas que os meus filhos adoram.
Eu prefiro usá-las em normais sopas de legumes, em vez dos habituais espinafres ou grelos, e também é excelente em saladas. Também dá um excelente esparregado e arroz de beldroegas, uma delícia.
São muito ricas em ferro, potássio e possuem até ácido acetil salicílico, o princípio base da aspirina, pelo que são por vezes aconselhadas para aliviar dores de cabeça. Também ajudam a controlar diarreias e vómitos e restauram a flora intestinal.
Independentemente de tudo isso, são saborosas!!!
Eu uso as minhas com aquele truque que já disse: deixei-as crescer muito e agora corto as partes superiores dos vários ramos, sempre acima de nós já em desenvolvimento. Uma semana depois voltam a estar em condições de dar outra sopa ou outra salada.
Bom proveito a todos!
Fotografias feitas por minha filha Sónia
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