Amigos, eu continuo a não estarmuito bem, assim, é a minha filha Sónia que escreve os dois posts que neste momento aqui deixo.
Habito no centro de Lisboa, no 2º andar de um prédio.
Embora a minha casa esteja muito bem situada, tenha um jardim mesmo em frente e uma vista que, em dias claros é de tirar o fôlego visto que consigo ver o Tejo, a Ponte e até a estátua do Criisto-Rei do outro lado, sinto a falta do Alentejo onde nasci e cresci, sinto falta de caminhar pelo campo, sinto falta do cheiro a terra e, sobretudo, do quintal da minha casa de Évora. Ali jardinei muitas vezes com meu Pai, sachámos, plantámos, regámos, colhemos... A minha Irmã e a minha Mãe não gostavam tanto de jardinagem quanto o meu Pai e eu mas, para nós os dois, esse era um passatempo relaxante e recompensador.
Aqui não tenho terreno disponível e também não teria muito tempo. A «Grande Cidade» suga tempo e paciência...
Há algum tempo, pelas razões acima invocadas e porque tinha começado a ver e a interessar-me por estes assuntos através de excelentes blogs na net, comecei a pensar em utilizar o pouco espaço da varanda da frente como mini-jardim e o ainda menor espaço da varanda detrás, para a qual a cozinha abre, como mini-horta.
A chegada da crise económica deu o empurrão definitivo. Se eu pudesse ter algumas flores que me oferecessem um toque de beleza logo pela manhã e um pouco de ervas frescas que perfumassem a cozinha ao fim da tarde e com os quais pudesse dar um toque pessoal aos meus cozinhados, já teria valido a pena.
Com a ajuda das minhas filhas meti mãos à obra.
Era preciso racionalizar o espaço o mais possível e também escolher bem as plantas. Não poderia pôr na varanda detrás, virada a Norte, nada que exigisse torrentes de sol forte nem o contrário na da frente.
Do minijardim e dos seus progressos falarei depois.
Pensados e realizados os arranjos possíveis, assim ficaram os primórdios da minha hortinha:
Coentros comprados a ver se ganham raíz (ganharam!!!) vasos dispostos em prateleiras com sementes de sésamo, de alface, de salsa
e de tomate
Cenoura Sésamo em cima, (aproveitei um garrafão)
alfaces para escolher e transplantr em baixo
Salsa tomates a despontar
Hortelã
Não imaginam o perfume ao fim da tarde. Algumas plantas ainda não nasceram, outras estão muito pequenas ainda para se poder ver alguma coisa.
Irei acompanhando e miostrando aqui os progressos.
Dicas para que cresçam bem e sem grandes problemas (umas aprendi com Amigas, outras nos blogs que fui lendo, outras com as minhas próprias experiência, por tentativa e erro.
Rega:
- Sempre ao fim do dia. Há quem regue às primeiras horas da manhã mas a experiência diz-me que se o dia aquecer muito e a água colocada no vaso também, a planta ressentir-se-á.
- Ponha um dedo na terra dos vasos até ao primeiro nó. Se a terra se mantiver húmida, não regue.
- Use água de lavar os legumes, , onde cozeu alimentos, etc para regar (deixe arrefecer primeiro, claro...). Ajudará a fertilizar.
Fertilização:
- Use cascas de batata, de maçã ou de fruta trituradas e espalhe na terra. As de banana são particularmente eficazes já que contêm potássio.
Contudo, não abuse nem na quantidade nem na frequência com que o faz. Poderão criar bolor, apodrecer, fazer mal em vez de bem e... empestar a casa de maus cheiros.
- As borras de café são do melhor que existe para fertilizar mas aplicam-se as mesmas restrições que para as cascas ou ainda mais.
- cascas de ovos trituradas também são óptimas porque fornecem cálcio.
Quando cortar, podar ou mesmo quando quser «tirar um raminho» faça-o sempre que puder acima de um nó de crescimento. Isso manterá a planta viva e a crescer.
E por hoje é tudo, Vermos, numa 2ª Parte, o resultado da aplicação destas dicas nos progressos da hortinha.
Tenham um bom Domingo!
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