Uma vez mais este é um post da minha filha Sónia que, um dia destes, será a verdadeira titular ( e única) deste blog, uma vez que eu o tenho abandonado (embora não por minha vontade). Mas como ela gosta de me ver feliz ajuda sempre que pode.
Já há bastante tempo que não trago uma receita daquelas que costumo inventar na hora e de que os meus filhos costumam ser os melhores e mais dedicados apreciadores.
Desta vez trago uma a que chamei Três em Um porque, no mesmo prato se podem encontrar legumes, proteínas (carne e ovos) e fruta., satisfazendo assim, ao mesmo tempo, três elementos básicos da pirâmide alimentar.
Além disso, tem a grande vantagem de ser mais uma forma de aproveitar restos de refeições.
Ingredientes:
Courgettes
Cascas de bananas
Ovos
Restos de refeições com carne, legumes, etc...
Pão ralado
Modo de preparação:
Corte as courgettes em sentido longitudinal e escave de forma a conseguir uma cavidade que será posteriormente preenchida com o recheio.
Pegue nos restos de refeição, num pouco de chouriço (caso goste) e triture tudo com o robot de cozinha. Junte o miolo que retirou das courgettes e triture de novo.
Juntam-se algumas ervas aromáticas: neste caso, um pouco de tomilho e de mangericão.
Faz-se um refogado com azeite, cebola e alho:
E envolve-se com ele a mistura que acabámos de fazer:
Disponha as metades de courgettes num tabuleiro de ir ao forno e recheie.
Pincele com gema de ovo e leve ao forno.
Retire do forno quando estiverem douradinhas.
Entretanto, vamos fazer o acompanhamento.
Descasque bananas e faça com elas um doce, um prato de fruta (misturada com outros frutos), um gelado, o que lhe apetecer. Reserve as cascas.
Estas cascas serão cortadas às tiras.
Passe por ovo batido, pão ralado e frite.
E eis o prato completo:
Bom apetite!
Tenho andado muito afastada deste cantinho onde gosto tanto de vir conversar um pouco. Peço desculpas, problemas de saúde mantiveram-me afastada.
Lembram-se de eu dizer que gostava muito do jardinzinho que tinha feito na varanda virada a Sul e da hortinha criada na varanda virada a Norte, mas que estava a ficar rapidamente sem espaço?
Um dos desejos que eu tinha era de poder colocar uma cadeira ao fim do dia e ficar ali a apanhar um pouco de ar fresco e a ler no meio das minhas flores. Seria também muito útil para a minha Mãe que cada vez sai menos de casa mas também precisa de ar e de sol (que não seja em demasia, é claro!)
Pois bem, a verdadeira fada do espaço que é a minha filha Sónia, do pouco fez muito e conseguiu que, mesmo adquirindo uma nova roseira para o jardinzinho e novas semeaduras para a horta, houvesse espaço para a tal cadeira na varanda da frente e para nos deslocarmos sem tropeçar nos coentros e na salsa na varanda de trás.
Entretanto, as plantas têm crescido bem e algumas estão mesmo uum encanto.
DICAS: se não quiser ficar rapidamente sem algumas ervas e temperos e depois ter de ficar à espera de que novas plantas voltem a crescer, deixe as que tem crescerem suficientemente para que os raminhos se tenham já bifurcado (às vezes trifurcado) 3 ou 4 vezes. Depois, quando for colher, corte sempre a parte de cima de cada raminho, sempre acima de um nó de bifurcação, deixando pelo menos dois a desenvolverem-se. A planta, assim, não vai morrer e vai continuar a crescer e a desenvolver-se através dos raminhos que deixou.
Quanto às plantas que dão fruto, os tomateiros, os morangueiros, os pimenteiros, etc, quando os frutos estiverem maduros vá colhendo. Se a planta ficar demasiado pesada, deixará de produzir mais, mesmo que ainda esteja na altura de o fazer.
Mas vamos ver como estão?
Varanda da frente/mini-jardim
Saída para a varanda/Entrada para o mini-jardim
Varanda detrás-Horta
A segunda foto a contar de cima é de beldroegas, uma erva considerada daninha que cresce espontâneamente em certos campos mas invade completamente as culturas adjacentes, daí ser tão mal amada. Pertence à familia das Portulacas que tem várias espécies, a maioria das quais não comestível. São plantas ornamentais com flores lindíssimas.
Estas que tenho na varanda e que, como já disse, são muitas vezes consideradas daninhas, são da espécie Portulaca oleracea, com folhas carnudas e são excelentes para a saúde. No meu adorado Alentejo existem em grande quantidade e há até uma receita de sopa típica, que leva beldroegas e queijo de cabra e que eu, alentejana renegada nisto, detesto mas que os meus filhos adoram.
Eu prefiro usá-las em normais sopas de legumes, em vez dos habituais espinafres ou grelos, e também é excelente em saladas. Também dá um excelente esparregado e arroz de beldroegas, uma delícia.
São muito ricas em ferro, potássio e possuem até ácido acetil salicílico, o princípio base da aspirina, pelo que são por vezes aconselhadas para aliviar dores de cabeça. Também ajudam a controlar diarreias e vómitos e restauram a flora intestinal.
Independentemente de tudo isso, são saborosas!!!
Eu uso as minhas com aquele truque que já disse: deixei-as crescer muito e agora corto as partes superiores dos vários ramos, sempre acima de nós já em desenvolvimento. Uma semana depois voltam a estar em condições de dar outra sopa ou outra salada.
Bom proveito a todos!
Fotografias feitas por minha filha Sónia
Já uma vez, noutro sítio, falei deste prato que pode ser feito de raíz ou pode ser uma excelente forma de aproveitamento de sobras.
Nessa altura não tinha fotos e tirei da Net a imagem de um prato visualmente parecido.
Desta vez, ao fazer novamente este «petisco» de que a minha família tanto gosta, pedi à minha filha Sónia, como habitualmente, que documentasse com fotos.
Precisamos de peixe branco: garoupa, pescada, filetes de pescada, cherne, etc... Se tiver sobrado de um outro prato podemos aproveitar. Desta vez, fiz o prato de raíz. Precisamos, então, de peixe branco, algum marisco, um caldo de marisco e um ramalhete de salsa.
1ª -
2º -
Reduzimos tudo a pedaços pequenos mas não triturados, deve ficar tipo lasquinhas.
3º -
Numa tijela grande, deitam-se as lascas, um pouco de massa de tomate, salsa, o caldo de marisco os mariscos e dois ovos inteiros.
4º -
Mistura-se tudo e tempera-se a nosso gosto, com sal, pimenta, etc... A mistura fica com um aspecto líquido mas não se preocupem, é assim mesmo. Deita-se num recipiente e vai ao forno durante cerca de meia hora a 3/4 de hora com forno a 250 º.
5º-
Quando retirarmos do forno está solidificado, corta-se às fatias e acompanha-se com salada.
6º - 7º
Pode servir-se quente ou frio. Os meus filhos preferem quente, eu gosto mais frio. Sabe mutíssimo a marisco, daí o nome do prato.
Espero que gostem!
Feita de propósito um destes últimos dias para o almoço da minha Mãe, uma velhinha adorável de 93 anos que gosta muito desta sopinha.
Postas de pescada, Red Fish, mistura de mariscos e lulas, qb.
2- Amanha-se o peixe, os mariscos, etc...
3 - Courgette, alho francês, alho, cebola, cenoura, abóbora, chouchou, bem cortadinhos
4 - Molho de coentros bem picadinho
5- Mete-se tudo numa panela alta, tempera-se com sal, água e azeite puro. Deita-se água até cerca de 5 cm acima do conteúdo da panela, coloca-se a tampa com uma pequena fresta para escoar o vapor e deixa-se cozinhar.
6 - Tritura-se com a varinha mágica.
7- Serve-se com tosta e camarão por cima da mesma.
Bom proveito!
Fotos da minha filha Sónia
Olá, olá, olá.
Esta refeição resultou de um pedido meu a uma amiga brasileira: eu sempre gostei muito de moqueca, que conhecia de restaurantes brasileiros, e gostava de saber fazer. Pedi a receita à Sonia Mommoi, minha amiga fazendeira (numa fazenda real e numa de jogo) que me encaminhou para uma moqueca de cação. Que fiz e adorei bem como toda a família. Acompanhei com um arroz branco levemente aromatizado com cebolinho.
Jantámos todos muito bem mas sobrou bastante. Bastante mas não o suficiente para repetir inteiramente a refeição - Então, juntei o arroz com a moqueca, guardei no frigorífico e, no dia seguinte, fiz este
Pão fingido de Moqueca (inventado na hora):
Nota: não me peçam quantidades porque eu cozinho tudo, ou quase tudo, «a olho».
1 - Peguei então no que sobrara da moqueca e do arroz:
2 - Transformei tudo numa massa mas não demasiado fina, deixei que se notasse a estrutura dos alimentos não os reduzindo a líquido:
3 - Despejei tudo para uma tijela grande:
4 - Fui colher à minha hortinha de varanda: um pouquinho de coentros, um pouquinho de alecrim, rama de tomate e um morango.
5 - Uma vez cortadas, lavei muito bem as ervinhas:
6 - Juntei à massa na tijela
7 - Acrescentei um ovo inteiro
8- Temperei a gosto (sal, pimenta ou piripiri para quem gostar de picante o que não é o caso na minha família...), um pouco de azeite...
9 - Acrescentei farinha e fermento e comecei a misturar até ficar com a consistência própria para pão:
10 - Moldei o pão e coloquei no forno ( neste caso, eléctrico, a 180º, durante cerca de 40 minutos.
11 - E eis o «pão» feito:
12 - Aqui ficam 2 fatias que podem ser acompanhadas de uma salada, de esparregado, de espargos... do que quiserem. São servidos?
Nota: Fotografias tiradas pela minha filha Sónia.
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